14 de março de 2014

Os dias


Tirei o dia. O maridão levou-me a almoçar, depois passeámos no paredão, apanhámos sol, e à tarde, o meu piolho ofereceu-me um morangueiro.
Foi um dia tão simples, tão tranquilo que foi perfeito.
Todos deveríamos ter vidas mais tranquilas, menos correria. Dias com a cabeça leve.

Estava muita gente na praia, deitados na areia, com os seus telefones...
Enquanto passeava pensei nos nossos "vícios" modernos. A dependência da Internet, das redes sociais... pareceu-me tudo tão distante. Não sei que papel estas coisas terão nas nossas vidas daqui a uns anos, mas à medida que vamos entrando na idade, as nossas prioridades e preocupações alteram-se e ainda bem, parece que vemos com mais clareza. A família e as relações (ao vivo) serão sempre o mais importante, por isso às vezes, com as amizades virtuais o passo lógico a dar seja mesmo quando decidimos conhecer-nos fora da rede global e criamos laços mais estreitos. 
Enquanto seres humanos não me parece que tenhamos capacidades globais, quem tem centenas de amigos não se consegue dedicar verdadeiramente a nenhum. E um amigo é um amigo, não é um contacto ou um "like".

Não sei se existe o dia sem Internet, o dia sem ligação à rede, o dia unplugged mas talvez alguém por aí queira experimentar. Não naqueles dias (ao fim de semana) em que há tanto que fazer que não se tem mesmo tempo para abrir o computador, deverá ser um dia escolhido para isso. 
Recomendo. Ver o que a experiência nos diz. Avaliar o peso que tem na nossa vida.

Foi um dia suave, a contrastar com o peso que os anos vão somando. Nota-se pela conversa não é?

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