9 de março de 2014

As Mulheres


Não deveríamos ter que ter um dia especial, somos seres humanos, movem-nos os mesmos sonhos, temos os mesmos desejos e as mesmas vontades. Nascemos do mesmo modo, e todos, chegando a hora, morremos com as mesmas certezas.
Às vezes não temos os mesmos direitos, às vezes somos um incómodo, um alvo a abater, e às vezes apenas um corpo ou uma aparência. 
Apelidam-nos de sexo fraco e se nascermos no sitio certo seremos mulheres e seremos estimadas, se tivermos azar seremos propriedade.
No intimo, bem cá dentro, todas somos super-mulheres, andamos a mil para chegar a todo o lado, fazemos tudo o que nos propomos fazer, cuidamos de tudo e de todos e quando não temos tempo para mais nada ainda inventamos tarefas extra para sermos mães sempre presentes, atentas a todas as necessidades e um exemplo para os filhos.
A sociedade habituou-se a ter tudo na mulher, o hábito enraizou-se de tal forma que "tudo" hoje em dia são só obrigações. Tudo em nome do bem.
A super-mulher (ou mulher maravilha - personagem) foi criada em 1941 a sua missão era, no "mundo dos homens" promover a paz. As outras super-mulheres (as reais) existem desde sempre.


Enquanto no mundo houver necessidade de proclamar direitos humanos, enquanto no mundo houver quem não entenda a palavra igualdade, enquanto no mundo a mulher não for tratado com respeito, enquanto no mundo uma única mulher não puder receber um desenho do seu filho pelo dia que a homenageia, então na minha opinião deverá sempre existir um dia para lembrar esta diferença.

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