16 de dezembro de 2013

E "quem" é que faz hoje 23 aninhos, "quem" é?

Já tem idade para ser levado a sério mas continua a parecer uma anedota. 
É quase inacreditável mas o Acordo Ortográfico faz hoje 23 anos.

A ideia do acordo em si, faz algum sentido, acabar com diferentes normas ortográficas oficiais (divergentes), embora não compreenda porque cada país não possa evoluir no sentido que "deseja", somos culturas diferentes e cada uma avança no sentido que bem entende, mas pronto, sou eu e não é suposto compreender tudo.
Talvez porque a Espanha fez, nós o tivéssemos feito também, e se a Espanha fez... então é porque faz sentido e nós fazemos também. A Inglaterra não fez, mas pronto, isso não interessa nada, são anglo-saxónicos e sabe Deus o que os anglo-saxónicos pensam.  Perder tempo, é o que é.

Pensando bem na coisa, nós já pouco temos, e uma das poucas coisas que nos restam verdadeiramente é a língua e temos mais é que nos agarrar a ela. Mais vale fazer AOs e oficializar a coisa e ter os PALOPs todos dentro do oficial Português (passo a expressão) do que daqui a uns anos termos que incluir coisas como "bué" no dicionário...  Ai, não, espera, isso já nós temos, pois...  bom, onde é que eu ía? Ah, oficializar, pois oficializar a língua oficial (!), é assim para todos e não se fala mais no assunto. Ainda que se fale português e se escreva brasileiro (nada contra os brasileiros-pessoas, claro). 
Parece-me estranho que sendo a língua "o português", exista algo como português de Portugal e português do Brasil... haverá português de Angola, Moçambique, Timor, etc? 
Há com toda a certeza o português do António e o Português da Maria, o do "Manel", etc, tendo em conta a maneira como muita gente por aí escreve, até o meu, claro, o meu português, bem pessoal e bem fundamentalista às vezes. 
Já por aqui escrevi, até quase à exaustão, o quanto discordo do AO, ou será desconcordo? Ah, é igual, ufa, não meti nenhuma patacoada. Bom, dizia eu que discordo e sei que não sou só eu (antes fosse) mas a verdade é que parece que veio para ficar e já lá vão 23 anos. As nossas crianças estão a aprender a escrever assim e se as queremos acompanhar, não as queremos baralhar e se não nos vencem pela lógica (que não tem nenhuma), vencem-nos pelos filhos.

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