22 de novembro de 2013

Linda

Praticamente desde que começou a falar que o meu miúdo sempre arranjou adjectivos afectuosos para justapor ao "papá" e à "mamã" sempre que falava connosco ou se referia a nós.
Começámos como uma entidade só, fomos "pai-mãe" durante algum tempo, era "pai-mãe isto", "pai-mãe aquilo", éramos só um.
Depois fomos "mamã-querida" e "papá-querido", torná-mo-nos independentes mas sempre muito queridos.
Há coisa de uns dias passámos à fase "mamã-linda". Não sei se o papá também é lindo, ainda não ouvi a evolução adjectival que coube ao pai, mas tudo leva a crer que sim, tem sido igual para ambos os lados.

Estávamos a trabalhar na mesa da sala, eu tinha conseguido ligar o computador (tarefa quase impossível com ele), ele estava a unir traços e a formar letras e eu explicava a letra e o som. Ele respondia: "sim, linda!"
Qualquer coisa que eu dissesse, ele "sim linda!", "está bem linda!"
-Então agora sou linda?
-Sim linda, e quando mais vezes te chamo linda, mais gosto de ti!

(já nem consegui responder, derreti logo)


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