21 de junho de 2013

O Ministro, a Europa e os OGMs

É oficial, estou em estado de choque.
 
A notícia já é de ontem.
E correndo o risco de torrar a paciência a quem me lê, tenho mesmo que reclamar. Não posso ficar calada.
 
Num mundo em crescente desespero por equilíbrio, saúde, equidade, igualdade, em crescente desespero  por trabalho, com tanta terra abandonada, ocorre-me responder primeiro que tudo com "quotas de produção".
É preciso alimentar? Cultive-se, cultive-se em segurança. E não, não tenho medo de meter as mãos na terra, digo cultive-se porque há muita gente a querer trabalhar e a quem não é permitido. Há terra suficiente para alimentar a população, há gente suficiente para produzir, ponto final.
 
Depois ("depois" apenas aqui em texto), temos a saúde que começa primordialmente no prato, como é que é possível que a inteligência deste senhor (e outros como ele) chegue a este ponto?
Evoluímos da forma que evoluímos pela alimentação que temos. E se na questão dos OGMs nos demarcamos dos Estados Unidos (que por acaso até tentam a todo o custo acabar com este tipo de produção), só temos mais é que dar o exemplo, lutarmos para mantermos a (pouca) proteção que temos, lutarmos por uma alimentação que evolui connosco e que à partida é livre de manipulação genética.
 
Em terceiro, lembrei-me dessa coisa  fantástica que a União Europeia anda aí a preparar que é a "lei das sementes" (já agora, as petições têm lá os links, é só clicar e assinar) e começo a achar que é muita coisa relacionada... se calhar já estou com a mania da perseguição mas que as coisas se juntam a formar um desenho, isso juntam.
Teoria da conspiração ou não, certo é que quando não estamos informados facilmente nos deixamos convencer que o que se pretende é o melhor para nós. E sinceramente, já começo a não acreditar em ninguém. É urgente que nos informemos, que "lutemos" pelo que é naturalmente nosso. Se e quando uma lei destas passar na Europa então já não há nada a fazer, passamos a ser frangos de aviário, as nossas crianças passam a desenvolver-se ainda mais depressa, as puberdades passam a ser aos 6 anos e o crescimento simplesmente para (aqui, aqui, etc). É isto que queremos?
Eu sei, pareço fundamentalista mas a verdade é que às vezes acho mesmo que o sou em relação a isto. Em minha casa não há só alimentos biológicos e detergentes ecológicos e roupa de algodão orgânico e sem branqueamentos, não, também há batatas fritas e gomas e garrafas de água de plástico e roupa e detergentes do Continente (embora o Continente já tenha a sua marca ecológica), mas assustam-me certas fronteiras que vão sendo ultrapassadas. Usa-se o nome do bem comum para se brincar com a saúde humana, e não está certo. Não está certo que decidam por nós sem considerarem a nossa vontade.
Estou mesmo lixada com isto ("lixada" não é bem a palavra que esta gente merece)!
 

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