3 de julho de 2012

Jardim da Babilónia











Porque hoje estou numa de natureza.

Quando a população intervém, quando há vontade e acção, fazem-se obras fantásticas.
Esta rua não tem nome, não existe no mapa da cidade.
Dos pátios ou logradouros que existiram, do arregaçar de mangas das senhoras (sim, é uma obra no feminino) que os habitam, da sua vontade e trabalho nasceu um jardim.
Tudo o que aqui está foi plantado, construído, trazido, arranjado com todo o cuidado por quem, dentro de si, encontrou espaço e tempo para se dedicar a um projecto comum em que o ganho é a satisfação de passar e/ou permanecer num mundo à parte.
Não sei quantas senhoras se envolveram nem quanto tempo demorou a obra, sei que pediram à junta ajuda com a água para a rega e meteram mãos ao trabalho.
Que ideia tão boa.
Aqui no meio da pedra nasceu um pequeno oásis povoado de centenas de espécies de plantas, de pássaros, repuxos com peixes e gatos que se passeiam. Em pouco mais de 50 metros.
Haja vontade.

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