16 de julho de 2011

Que previlégios estarão associados?... Deus sabe!


Na Visão (a revista) desta semana vem um artigo sobre a ordenação de mulheres pela Igreja Católica.
Não é um tema que me seja querido ou sequer chegado. Ao longo dos anos a Igreja Católica muito tem feito (tanto pela mão de alguns dos seus mais altos dignitários, pela prepotencia e falta da tal humildade que o próprio cargo lhes deveria suscitar, como pela de outros com problemas tão ou mais sérios do foro psiquiátrico que permanecem sem "tratamento", refiro-me claro, à pedofilia e outras atitudes menos "próprias" por parte do ser que se diz Humano), a meu ver, para alienar grande parte do rebanho que procura o conforto divino.
Como já disse, a ordenação de mulheres não é um assunto que me fale ao coração mas não me é completamente indiferente por causa da atitude sistemática que a Igreja tem em relação à mulher ( e sim, eu sei que não é só a Igreja Católica). E considero que a Igreja só não perdeu mais fiéis porque tem a sorte de ter nas suas fileiras padres que são autenticos e verdadeiros seres Humanos, que vivem no tempo em que estamos, que conhecem a evolução da sociedade e reconhecem que a vida lhes foi dada por uma mulher.
D. José Policarpo foi uma agradável surpresa relativamente a este tema. Diz ele que "teologicamente não há nenhum obstáculo fundamental" para o sacerdócio feminino. Mas o Vaticano considera o acto "um dos crimes mais graves no seio da Igreja, ao nível da heresia e do cisma, tal como a pedofilia. Estando sujeito à excomunhão, tanto da mulher como do bispo que a tentar ordenar".
E eu pergunto: A mesma excomunhão a que foram sujeitos os padres pedófilos que continuaram (perpetuando essa pedofilia por várias paróquias) e continuam a exercer? Ou outra excomunhão mais severa porque são mulheres?
Bom, tenho pena que oVaticano não me responda a esta questão (porque sou mulher e não sou suficientemente idosa e importante para se dignar a tal), assim como não eleborar uma justificação que vá para além da "questão da tradição".
Concordo com o Dr Moisés Espirito Santo (sociólogo das religiões) quando diz: "A Igreja é regida por concílios gerontocráticos, que se opõem às inovações, por considerarem que os mais novos não podem ter mais previlégios do que eles tiveram." E para as mulheres então (seres menores), nem se fala. E isto diz tudo.
Mal posso esperar para ver as reformas que virão...

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